domingo, 22 de novembro de 2009

Curriculum Vitae: Luciana Gama, Jerusalém



"Fotografia é o retrato de um concavo,de uma falta,de uma ausencia"

Clarice Lispector


Foto do acervo de seu filho Paulo Gurgel Valente.

Fotos que Fazem Fotógrafos por Eduardo Sinkevisque




Não faço crítica, nem críticas, nem faço mágica. Não estabeleço nexo, nem sentidos, nem verdades absolutas ao ver fotografias de Shlomit Or Gama/Luciana Gama. Retratos tirados das cenas e pessoas presentes e ausentes, retratos que retratam a fotógrafa. Retrato é gênero por Plínio, o velho, preceituado. Em Shlomit Or Gama/Luciana Gama, as fotografias retratam e são retratadas. Não faço mapas, nem legendas, nem índices, muito menos análise de gênero. Meus olhos clicam ao ver as fotos. Meus olhos piscam pela luz das fotos.

Discurso sobre elas do geral para o particular. Falo delas por inteiro (elas inteiras, por inteiras) em primeiro lugar. Falo (mesmo que pouco) de uma por uma, aos poucos. Estabeleço relações entre objetos. Sujeitos, ornatos. Relações entre coisas e sujeitos fotografados. Fotógrafa e fotografados. Fotografáveis. Meu texto não é legenda, nem as fotos são ilustrações do meu texto. Meu texto é uma co-presença. Corre junto das fotos, por isso foto/texto são concorrências.

Penso sempre na grafia das fotos. Grafia de fotografia que escreve, desenha, pinta, elege, delimita; inscreve ao escrever. Penso na fotografia do meu texto apenas visto porque as fotos de Shlomit Or Gama/Luciana Gama se fazem vistas. Shlomit Or Gama fotografa. Luciana Gama escreve. Quando fotógrafa, quando escritora. Uma coisa de cada vez, as vezes podem ficar misturadas, as duas misturadas Shlomit Or Gama/Luciana Gama; às vezes, ambas ao mesmo tempo, simultâneas, porque Luciana Gama é muito simultânea, muito contemporânea.

Escrevo sem óculos. Vi, li, reli, revi as fotos. Com óculos. De perto. De longe. Uma, duas, três vezes. Vi as fotos de Shlomit Or Gama/Luciana Gama de perto/longe por muitas vezes. Aqui de longe, o conjunto me fez leitor/vedor delas, me fez rever Luciana depois de tantos anos. Conhecer Shlomit Or sem o peso dos anos, com sua Gama.

Eu não importo. “Eu” não importa. Ela não importa, embora importe, exporte. Eu importei as fotos. Me importei com elas. Eu me reporto não às figuras, mas à sugestão delas. Ao que as fotos me sugerem, o que os retratos retratam. Retratam o que retratam e o que deles (neles) é possível ver, ler. Faço um texto-leitura, um textohipótese. As fotos são essas: Ears and Siren; Shavot 5769 & Camel.

A foto é o olhar, a luz do olhar, não só a captação da luz exterior ao olhar. O olhar da fotógrafa Shlomit Or Gama/Luciana Gama é que dá luz a luz das fotos que ela faz. Luciana Gama fornece a luz do olhar para olhar, para olharmos. A luz sobre o olhar. Vejo, tecnicamente, três fotos bem tiradas, porém vejo três fotos metaforicamente de luz estouradas, porque estouram nos meus olhos míopes, nos meus olhos astigmáticos. Vejo hipérbole de leitora insatisfeita sempre com as palavras. Leitora fotógrafa, cujo olhar faz olhar, faz ver.

Ao fotografar, Shlomit Or Gama/Luciana Gama é fotografada. Faz ver e se deixa ver. Salvo nos meus olhos, no meu olhar, no PC, em pasta DOC. as fotos Gama para olhar, re-olhar, tresolhar. Saturadas lá (aqui), só assim, posso escrever sobre elas, com elas, nelas, delas; porque, vejo sobre, com, em, de ...

As fotografias são visões que nos deixam ver em exposição, mas para mim são diapositivos, slides. Diapositivos de serem vistos, teatrais, alegres, dramáticos, coletivos pessoais intransferíveis. Revelações, luminosidades, lanternas no mar das guerras. Fotogramas do filme em ação, não do filme interrompido pelos corpos que caem. Fotogramas de fotografias digitais sem filme

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material antigo, nem pensamento analógico de arte mecânica. Faço analogias sobre arte digital contemporânea. Com as fotos digitais, Shlomit Or Gama/Luciana dá, confere, materialidades às coisas humanas, materiais e imateriais. O modo digital permite a captação das almas, espíritos infotografáveis. Nesse modo, técnica, mais olhar de Luciana, os diapositivos, slides, das fotografias que vejo, ficam dias positivos/dias negativos revelados na ardentia de caber demais. Dias positivos coloridos, preto-e-branco mostrado invertido pelo lume das cores captadas, capturadas, que particularizo, para finalizar meu texto, depois de falar demais, depois de ser geral demais. Coloco os óculos de novo para refocar com meu olhar (não retocar, nem corrigir) as fotos uma por uma:

Ears and Siren

Photo exclusive Agency Reuters Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved
Photo exclusive Agency Reuters Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved


Ears and Siren - Pietá não católica de reflexos em vidros por Shlomit Or Gama. Mãos que seguram, afagam, protegem do mundo adjacente. Mundo de sementes, mas de ervas daninhas. Pietá que dá a possibilidade de outra história, não as continuidades das histórias. Pietá oriental em azuis e pratas. Pintura maternal. Pintura solar de luz pragmática. Pintura imaterial de luz afetiva abstrata.


Shavot 5769 –

Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved A Jewish Orthodox man picks flowers on the street for the celebration of Shavuot in Jerusalem, Israel.
Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved A Jewish Orthodox man picks flowers on the street for the celebration of Shavuot in Jerusalem, Israel.
© Shlomit Or 2009 All rights reserved/ A Jewish Orthodox man picks flowers on the street for the celebration of Shavuot in Jerusalem, Israel.
© Shlomit Or 2009 All rights reserved/ A Jewish Orthodox man picks flowers on the street for the celebration of Shavuot in Jerusalem, Israel.
Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved A Jewish Orthodox man picks flowers on the street for the celebration of Shavuot in Jerusalem, Israel.
Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved A Jewish Orthodox man picks flowers on the street for the celebration of Shavuot in Jerusalem, Israel.

Shavot 5769 – Tríade de um só. Esconde-esconde de avô do mundo. Avô de Pluft em Jerusalém. Olhos azuis que azulam meu imaginário. Casulam em mim o teatro infantil inteligente de Maria Clara Machado. Aposto que o Sr. de chapéu e longas barbas colheu as flores para a fotógrafa Shlomit Or Gama.


Camel

Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved A camel is seen at the Mount of Olives in Jerusalem May 20, 2009.
Shlomit Or/© Thomson Reuters 2009 All rights reserved A camel is seen at the Mount of Olives in Jerusalem May 20, 2009.

Camel – Presença e ausência no mesmo lugar. Tenho que descrever o que vejo, o que a mim se mostra. Difícil falar do que não se vê, mas se sabe ali estar. É o lombo do camelo, corcova, cacunda da representação com a cidade ao fundo. Cidade presente também ausente pelo desfocamento do segundo plano. O colorido bemtecido, bem bordado do assento ornamentado de primeiro plano diz: Shlomit Or Gama sabe o que vê. Faz ver o que sabe ver. Faz ver o que sabe. A foto é ut pictura de Luciana, nada de Horácio. Camel pode ser lida como um convite para que o espectador do retrato da ausência/presença sente-se, mas não necessariamente com o corpo todo, nem com o corpo empírico. É um convite para que os olhos se sentem no camelo e vejam o que somente só Shlomit Or Gama/Luciana Gama vê, viu.

Eduardo Sinkevisque 10/07/0917:00 h.s. em Santana/São Paulo/Brasil

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Protocolo de Leitura


Tanta coisa para contar, uma semana tão intensa e meus comentários cada vez mais entrando no mundo das letras. Acontece que essa semana revisitei pessoas e lugares tão conhecidos e que há muito tempo não via e devo voltar a conviver com eles de forma intensa. Sim, de uma feita- já que eu nunca me permito recuperar os procedimentos do caminho que tomamos- estava eu envolta e mergulhada em velhos conhecidos: Torquato Tasso, Palaviccino e Cicero e Quintiliano. Ainda bem que gosto e me divirto porque é uma palmilhada dura, pedregosa, e muito, muito solitária, porque é coerente que quase ninguém no mundo está interessado em discutir retórica do século XV ou XVI. Muito menos ouvir você contando as maravilhas que ela produz, sua eficácia, vamos dizer assim. Uma paisagem chumbo com reflexo ouro. E no fecho da tarde, enquanto as Instituições Oratórias se misturavam ao silêncio de meus croqs de plástico embaixo da mesa, eu folholhava tão desenganada uma edição digital, pensando que estava com saudades de virar as páginas ao invés de ficar apertando o teclado, o dedo já cansado, pensando que tinha tantas fotos para fazer e não faria mais por causa dos estudos do doutorado quando a máquina do mundo se abriu na minha frente:




Você repare: essa imagem é uma sinedoque da mulher que escaneou as Instituições Oratórias de Quintiliano, a partir da coleção de livros da Universidade de Michigan. No caso, essa edição é uma edição que gosto muito, de 1788, compilada nos moldes do iluminismo português por Jeronimo Soares Barbosa, lente da Universidade de Coimbra, salvo engano. O arquivo está corrompido para download em pdf mas pode ser lido on line no googlebooks. E há essa maravilhosa intervenção que deixaria qualquer amante de protocolo de leitura, encantado: na foto há a inscrição da rapidez e da desatenção ao trabalho proposto, isto é, a digitalização das Instituições Oratórias. O dedo que vira a página é como uma iluminura contemporânea, rosa e anel indicando que uma mulher faz esse serviço. Com uma certa pressa deixa sua assinatura digital num exemplar do século XVIII, digitalizado. O que mais me comove é que ela virou as páginas que eu não posso tocar, apenas ler, embora eu saiba que o acesso visual ao livro seja muita coisa quando você está no Oriente Médio convivendo com um mundo de palavras semíticas e quadráticas e eu sigo minha leitura vagarosa enquanto minhas mãos continuam pensas.







domingo, 8 de novembro de 2009

Gramática Gerativa Transformacionalíssima....

Porque não sei se hoje vou conseguir escrever, escrever, escrever até dizer tudo. Então, vou falar pouquinho. Hoje, comi a farofa que eu mesma preparei e de repente não entendi porque estava achando estranho comer farofa e me toquei que estou decididamente em processo de aquisição de linguagem - espero que meus amigos lingüistas chomkysnianos entendam minha sagaz apropriação do termo- e saboreando adquirir uma língua aos 43 como se fosse uma criança de sete anos. Além do estranhamento da farofa ( senti tão fora da minha frequência israelense aquela farofa, embora meu processo seja oswaldiamente, antropofágico: ninguém se livra das teorias avós que bebeu!) tive anteriormente dois sinais em semanas distintas:

Sonhei, o primeiro sinal, que eu falava em hebraico com uma pessoa desconhecida. Acordei maravilhada em sonhar que eu estava falando hebraico. Semanas depois, segundo sinal, sonhei que eu estava assistindo aula em hebraico onde aprendia e via e escrevia palavras novas. Um luxo. Acordei rindo. Melhor, sorrindo. Eu havia dormido e acordado com a língua hebraica. É completamente diferente de conviver com a língua e a fala o dia inteiro na rua, no ônibus, na aula. Acordar, depois de dormir e sonhar, com uma língua é praticamente uma intimidade que não se desfaz, não acaba o dentro. Muito prazer.


E então, depois desses três processos reparei que estou pensando as duas línguas, o hebraico e o português, em situações muito simples e de uma forma muito, muito risonha: eu penso a situação com palavras em hebraico - palavras simples: onde, como, porque, etc.- e se não tenho o vocabulário apropriado encaixo imediatamente uma palavra em português. Quem me alertou primeiro para esse processo, dando risadas, foi meu orientador de doutorado que é lingüísta, e me disse que colocava na minha fala em português palavras em hebraico e que eu não estava me dando conta.

Hoje, então, reparei em meio a farofa, que estou pensando da mesma forma mas fazendo o contrário, isto é, começo pensando em hebraico e daí encaixo a palavra em português, com frases bem mais completas e complexas e sou grata a todos os trocentos anos "perdidos" estudando análise do discurso, estrutura da linguagem instrumental e retórica: o hebraico está entrando, entrando e vovô vê e entende tudo o que compõe a conjectura da uva. Escrevo, leio, falo e penso. Logo, o Ben Yehudá continua existindo. Que notável viver e aprender uma nova língua na curva dos quarenta: uma pétala vazia que me penetra e me apresenta a síntese da flor que não sabe como é feita, amor.



domingo, 1 de novembro de 2009

Novo nome, oras: Shlomit Santob!


Tanta coisa para comentar, tanta coisa para contar. Confesso que fiquei escrevendo no blog na minha cabeça durante essa semana passada, uma semana engraçada em que minha nova vida foi entrando nos eixos, vida novinha em folha, bacana, bacana ver a vida se inaugurando com novos horários, novas rotinas, novos costumes. Bem, podemos dizer que agora meu dia gira em torno da Universidade. Chique demais morar na Universidade Hebraica de Jerusalém. Até parei para ler a placa em homenagem aos donatários do meu novo apartamento, gente bacana, pensei, esses Liberman, uma familia argentina que doou o dinheiro para construir um dormitório para estudantes que mais parece um flat, com direito a tudo e algo mais além de conforto, limpeza, e, o que é uma universidade de país desenvolvido, beleza. Aqui é uma gracinha mas quando você entra no elevador enorme, moderno, espelhado, você pode, como eu, lembrar dos dormitórios da triste Usp, lá na Colméia. Sem contar meu microondas, meu ar condicionado, meu ar quente, meu fogão, minha ducha, minha mesa, minha cadeira, minha estante, minha cama, minha janela com tela, minha mais nova geladeira, os armários-cozinha e roupa- tudo em compensado clarinho, piso branco, uma pequena arquitetura que deixa espaço para se estudar sossegado. Enfim, sós. Adoro esse plural. Meus amigos, meus livros, meus discos e nada mais. Voltei feliz da biblioteca, com o peso dos livros entre os braços, sofreguidão do bem.

Entre sexta e sábado não parava de pensar na moça do vestido rosa curto e aquela cena, escandalosa, no You Tube, uma universidade inteira parada, gritando. Você viu? Que tipo de formação a Uniban está dando para seus alunos? Aqueles alunos todos representam uma instituição educacional? Que país é esse? Que formação é essa? Não é à toa que a Uniban está tirando os videos do ar. Pega muito, muito mal para uma universidade, lugar de formação de advogados, administradores, professores, economistas. O vestido era curto mas mais curta são as pessoas que compartilharam aquela vaia, aquele xingamento. Me lembrei, claro, da Geni do Chico e logo em seguida me questionei sobre uma, duas, três gerações que não viveram a ditadura, que não sofreram com a repressão no Brasil, que não leram nos muros "é proibido proibir", "anistia ampla geral irrestrita", uma gente que não viu a volta do irmão do Henfil. Senti saudades do tempo em que nossos professores na universidade faziam questão de voltar a essa questão, sim - diziam- vocês não viveram mas precisam saber, aprender a abstrair ( "não é porque eu não vivenciei que eu não posso saber como foi" : sempre o velho e bom Aristóteles). saudades do básico da PUC, saudades das greves de professores e das greves de ônibus, quando também juntavam com as enchentes em São Paulo e a gente ficava na Universidade porque não conseguia sair e ficávamos ouvindo aquele professor ainda de cabelo comprido e barba grande conversando no refeitório sobre revolução russa. Ele era tão estranho, tão fora do nosso tempo...mas, se não fosse ele... como era mesmo o nome dele? ah, era Erson... não saberíamos nada de Mayakovsky, nada de Yakobson, nada de formalismo russo. Para que serviu tudo isso? Para que serviu aquela professora que nos ensinou tudo sobre Saussure e Pearce? Tudo sobre semiótica e semiologia? Para que serviu para a gente achar tão normal procurar o significante, o significado, o símbolo, o ícone, e, desperdiçar quase todos os versos de Fernando Pessoa na mesa do bar? Sei sim. Serviu na época para rirmos, tomarmos cerveja, conhecer novas pessoas. Depois, nosso mundo ficou maior e a grande maioria do estudantes da minha época seria incapaz de pensar um ato coletivo como esse que fizeram com a menina do vestido rosa curto. Pessoas curtas. Que pena. Na minha época a gente abraçava a Puc, assim, todos os alunos e professores e funcionários davam as mãos e iam abraçando a faculdade no quarteirão da Monte Alegre. Era esse nosso sentimento e ações de protesto coletivo: Paz e amor.

Coisas divertidas da semana: meu vizinho de frente é um árabe que faz pós doutorado em física e só consegue ficar no apartamento dele de porta aberta e falando sem parar ao telefone como se o prédio fosse somente dele. Silêncio? Nem pensar. A vida é muito animada para um árabe e possivelmente ele deve achar essa gente que fica de porta fechada, muito fechada.;)

Já o Samir caiu na asneira de me fornecer a senha do seu facebook numa briguinha caseira e eu aproveitei para entrar e examinar tudo: msn, skype, hotmail. Resolvi, então, que era hora de uma limpeza geral e escrevia em hebraico depois que deletava o que eu queria e o que eu não queria mesmo: "Shlomit fez faxina aqui". Algo como a marca do zorro. O safo Samir, aceitou e ai dele se trocar de senha...o bom de namorar um escorpião quando você sabe astrologia é que você também sabe que eles sempre vão esconder alguma coisa. Faz parte da sobrevivência emocional deles.

E por falar em Shlomit: ganhei sobrenome novo! Faz um mês que tento trocar o erro do meu sobrenome na Universidade e hoje, desisti de vez. Troquei e o moço confirmou que na carteirinha viria o nome certo. Não veio. Eles tiraram o "s" do Santos e colocaram um "beit" ou "vav", ou seja, só hoje percebi que meu novo nome é muito simpático: Shlomit Gama Santob. Santov. Como o Santob de Carrion, ( ou ShemTob) poeta espanhol medieval. Sabe que aderi? Faltava mesmo um sobrenome para a Shlomit e esse veio de graça. Para quem tem tantos nomes como eu, mais um, só vai aumentar minhas divisões curriculares. Mas fiquei contente. Agora sou a Shlomit Gama Santob! Eles também tiraram o "Or" do meu nome. Beseder. Vida nova, nome novo. Tudo de muito bom para você também nessa semana!