terça-feira, 6 de dezembro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

Luciana Gama: chamada para Drummond!


Pessoal, vamos fazer uma homenagem aos 109 anos de Carlos Drummond de Andrade e ao nascimento do habitante de número 7 bilhões?
É simples e ficará sensacional. É só gravar na webcam a leitura de uma ou duas estrofes do poema ‘a Luis Mauricio, infante’ e mandar para a gente o quanto antes. Depois, tudo vai virar uma declamação coletiva. As estrofes e as instruções estão em http://migre.me/60yGJ
O poema foi escrito por Drummond em homenagem ao neto Luis Mauricio, nascido em 1953 em Buenos Aires. O aniversário de nascimento do poeta é nesta segunda-feira, 31.
A leitora Luciana Gama, da foto, foi uma das que já enviaram. E vocês? Contamos com todos! E convidem seus amigos!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Impasses da literatura contemporânea por Alcir Pécora

Fonte: O Globo- Prosa On Line-23.04.2011



Num debate recente com a crítica Beatriz Resende, organizado pelo Instituto Moreira Salles, expus minha impressão de que o campo literário se encontra hoje numa situação de crise, observável pela relativa perda da capacidade cultural da literatura de se mostrar relevante, não apenas para mim, mas para muitos que estão comprometidos com a cultura: como se alguma coisa se introduzisse nela (sem eventos violentos) e a tornasse inofensiva, doméstica. Um vírus de irrelevância, por assim dizer.
Não gostaria de defender uma tese cabal sobre a fraqueza atual da literatura, mas me agrada a ideia de explorar, tão fundo quanto possa, esse lugar de crise da expressão. Tento formular sucintamente a seguir, em diferentes ordens de argumentos, alguns dos impasses que percebo na literatura contemporânea.
Ocorre, hoje, uma impressionante expansão das narrativas no cerne da própria existência. Antes mesmo de existir como evento, a ação já se apresenta como narrativa, como ocorre nos reality show, em que as pessoas, antes de agir, representam ou narram a ação que lhes cabe. Ocorre também na multidão que fala pelos blogs e pelas redes sociais, ou se monitoram pelos celulares, de modo que a ação ou a conversa é sempre exibição/narração da conversa. É como se o mundo inteiro fosse virtualidade narrativa antes de ser existência particular, e principalmente como se todo mundo fosse interessante o bastante para ser visto/lido. Esse é um dos pontos não negligenciáveis que parecem retirar a prioridade ou a exclusividade da narração do narrador literário. É um problema basicamente de inflação simbólica. 


Escrever literatura, para mim, entretanto, é um gesto simbólico que traz uma exigência: a de ser de qualidade. Literatura mediana é pior que literatura ruim, pois, mais do que esta, denuncia a falta de talento e a frivolidade. A literatura decididamente ruim pode ser engraçada, ter a graça do kitsch, do trash, da paródia mesmo involuntária e grosseira: pode ter a graça perversa do rebaixamento. Já a literatura mediana não serve para nada. É a negação mesma da literatura, cuja primeira exigência é a de se justificar (justificar a própria presença) face aos outros objetos de cultura. E o que eles exigem é que você os supere, que se apresente como novo ou não dê as caras por lá.

Fazer a lição de casa do ofício de escritor, ser esforçado, tampouco basta, como não basta ter vontade de fazer. Não adianta ser apenas um trabalhador, pois não se trata de adquirir direitos trabalhistas. Estou tentando dizer que escrever é muito competitivo. Boris Groys fala muitíssimo bem do assunto. Você escreve em língua portuguesa, então tem de se defrontar com vivos e mortos. Com os contemporâneos e com Vieira, Gregório, Machado, Rosa etc. Não há meio de não medir forças: a literatura exige a demonstração de força: não há como fazer apenas para participar.
O atual democratismo inflacionário das representações, que mencionei, tende a menosprezar o domínio técnico. Para mim, é um erro, desde que literatura, como toda arte, é em primeiro lugar techné , técnica, produção objetiva. Não basta ser conhecimento, tem de produzir o que não é, o que não há. Sem produção, não há arte: não há nenhum outro valor simbólico, de representação, que substitua o objeto. De outra maneira, a literatura está no campo da composição, em nenhum outro. Não há atitude, comportamento ou opção ideológica que permita saltar sobre os mecanismos da composição. Acho o menosprezo da produção objetiva, em favor do volume expressivo e representativo um grande atalho falho da produção contemporânea. Assim, para mim, rigor técnico significa a radicalidade construída dentro do discurso. Atitude resolve o problema do roqueiro, não resolve a questão da literatura.
Ocorre certo triunfalismo da produção contemporânea, que enfaticamente se nega a pensar seus impasses, ou enxerga neles apenas má vontade gratuita, tirania acadêmica ou conservadorismo crítico. Acho que essa recusa de sequer considerar a ideia de impasse tem qualquer coisa de cegueira deliberada. É como se o presente se absolutizasse e não mais admitisse um legado cultural como patamar exigente de rigor para a sua produção. No entanto, a condição da crítica e da criação é justamente a referência a um tempo que não é exclusivamente o do presente, mas o tempo de longa duração da obra da arte. Literatura pode ser descrita como o que resiste às disputas exclusivas do presente para existir como problema por muito tempo. Ela não tem como se fingir de recém-nascida, livre para não ter memória e amar integralmente a si própria como invenção de grau zero. Perdida a noção de herança cultural, perde-se a de crítica, de autocrítica e naturalmente a de criação. 


Uma variante desse argumento é o seguinte: uma parte dessa cena contemporânea de crise existe por não haver qualquer disposição para a crise. Quem critica parece um vilão, um estraga-prazer, um intrometido. Quem critica as obras, ainda mais se faz isso com argumentos insistentes, tem qualquer coisa de indecente, de impróprio. Mas, por vezes, a insistência chata é fundamental para pensar um pouco melhor. Não se vai muito longe com um discurso que não admite contraditório, com um discurso de animação de parceiros. Mesmo em casos de parceria, sem alguma disposição para encarar a desafinação, não se vai longe: nessas condições, não há orquestra capaz de desconfiar de si mesma e exigir mais de seus membros. Espanta, pois, ver a intolerância para a crítica, como se fosse alguma traição pessoal. De onde vem essa ideia de parentesco traído? Pessoalmente, não vejo por que o crítico tem de ser animador, parceiro, divulgador ou chancela do escritor. Ele tem de apontar problemas no objeto, pois são problemas do objeto o interesse principal da arte, como da literatura.

Em termos de experiência pessoal de leitura, quase sempre (nem sempre, mas quase sempre) acho mais prazer textual, literário, em ler teóricos do que, por exemplo, ficcionistas ou poetas contemporâneos. Ou, de outra forma, a crise contemporânea me parece mais patente nos textos críticos dos que nos de ficção e de poesia. Acho que o que está acontecendo é muito mais do que uma crise de bons autores: é como se a literatura, entendida como ficcionalização autônoma, estivesse esvaziada. Poucos autores de literatura contemporânea me dão mais vontade de ler como teóricos tão diferentes entre si como Rorty, Davidson, Cavell, Agamben, Renato Barilli, Perniola, Sloterdijk, Jonathan Lear, Blanchot, Magris, Martha Nussbaum, Boris Groys... Há muita gente interessante pensando o contemporâneo e pensando literatura. Fico imaginando se essa não será uma forma de literatura disfarçada. Uma nova máscara da literatura.

Mas por que esse menor poder literário dos autores face aos teóricos? Isso aparece para mim como uma evidência, digamos, sentimental, afetiva, mas as suas razões não são claras. Mesmo em termos de domínio técnico de língua, entre os que citei —-, as invenções linguísticas de Rorty, com suas violentas trocas de vocabulário, ou as situações-limite da “teoria de passagem”, em Donald Davidson, por exemplo —-, me parecem mais radicais como invenção ficcional do que a narrativa dos tantos escritores mais ou menos conformados no esquema da prosa realista do século XIX.

A grande conquista da literatura do século XIX foi a sua autonomia ficcional, que se traduz basicamente por se tornar simbolicamente representativa do mundo ou expressiva do sujeito psicológico que a constitui. Quer dizer, restrição do âmbito técnico da imitação e hipersimbolização do real ou da subjetividade deram aos ficcionistas o seu estatuto contemporâneo. Neste início de século XXI, o processo se amplificou vertiginosamente: a identidade psicológica original em sua relação com o mundo hostil da mercadoria e não a distinção da própria invenção, enquanto invenção engenhosa, pretende ser a fonte da qualificação autoral. Será que dá para ser assim? Quem ainda acredita em representatividade, fora da discussão dos próprios critérios de representação? Quem jura ainda pela invenção da narrativa fora da construção de uma metalinguagem que coloque seus fundamentos sob crítica? Contar histórias, enfim, cansou? E poesia contemporânea, por que é quase sempre kitsch? Qualquer subjetividade pode ser um direito, mas parece igualmente expressão de banalidade.


Também, quando alguém diz que um autor é representativo, já não imagino boa coisa. Fosse bom, problematizaria a representação, a identidade “nossa”, do “eu”, a própria ideia de identidade; nos obrigaria a retroceder para fora de nossa experiência comum. Ou mesmo nos expulsaria do poético, envelheceria de um golpe os lugares comuns da invenção. Ele teria complicado o mundo representado, e destruído a subjetividade expressa. Mas quem está fazendo isso? Afora alguns poucos ficcionistas e poetas importantes, acho que outros estão fazendo essa bagunça melhor do que eles.

Enfim, são palpites que partilho aqui, não uma tese. Não quero advogar qualquer fim da literatura, mas não quero me poupar de discutir a sua relevância e pertinência no contemporâneo. A minha esperança é que a exposição crítica, a rudeza do trato — o chão duro da fricção, como dizia Wittgenstein — ajude a coisa a andar.



ALCIR PÉCORA é crítico literário e professor da Unicamp

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sobre livros, editores e escritores


                                                                                                          ©2011 shlomitor

Recém chegada das obras da Fazenda do Brigadeiro Luis António,  Saltos, Campinas, onde faço o ensaio documental fotógrafico da restauração sob os auspicios da arquiteta Ana Villanueva encontro uma pilha de pacotes pardos, um em cima do outro, a minha espera. São livros que possuem além de sua própria história, a história dos seus itinerários. Não chegaram em cima da minha mesa por obra do acaso ou graça ou destino. Eles aqui, assim, encarando-me feito livros, por labor de muita muita gente além dos seus autores sofregos, mal dormidos, escrivinhadores, pesquisadores, quando não, dos seus editores, também sofregos, também mal dormidos, também laborosos para que hoje, eles se portassem comportados em cima da minha mesa restiando o raio de sol que atravessa a janela, não sem antes fazer uma refração no belo e cheiroso vaso de Mirra ( commiphora myrrha) que ganhei do Luiz Fernando Martins, o Nando, o melhor tradutor de livros do inglês para português que conheço mas também meu amigo- professor de luz e sombras, fotográficas ou não.

Acuso e agradeço, portanto, o recebimento dos livros. Durante os próximos post deste blog e semanas próximas estarei postanto as respectivas resenhas críticas:


                                                                                                           ©2011 shlomitor

"Testemunha Ocular (recordações)" de Rubens Borba de Moraes e "O Mestre dos Livros: Rubens Borba de Moraes" de Suelena Pinto Bandeira que a editora (e o editor) Briquet de Lemos enviou-me gentilmente depois da leitura de um post desse blog (aqui) sobre a morte do José Mindlin. Já comecei a ler e já não quero chegar ao fim, nunca, porque Rubens Borba dá um espetáculo de erudição, conhecimento e é excelente prosador. Está sendo muito prazeirosa a leitura. O segundo livro, o da Suelena, não abri ainda porque o primeiro não deixou. Mas é só uma questão de tempo. Um livro chama o outro, não necessariamente nessa ordem, que está sendo a minha de leitura, mas foi a pesquisa e a pesquisadora  Suelena que é a responsavel para que possamor ter hoje o privilégio dessa leitura dos diários de Rubens. Depois, soube ainda na apresentação do livro que,  a professora Ana Maria Camargo entrou na história, para minha alegria e descoberta...estar com Rubens Borba sem ter a mão da professora no meio é sempre muito triste, muito inviável, até porque conheço Ana Maria e aprendi muito com ela sobre Rubens, em conversas e cafés na minha ex casa da rua Paes Leme, no século passado, quando recebia visitas dela junto com o livreiro Garaldi e um seu cachorro, magnifico, um simpático bull terrier.  Todos esses aspectos juntos me deixaram muito contente e aflita e afobada para começar a leitura. Quero antecipar que fui surpreendida pela introdução do editor Briquet que dá uma lição sobre o estabelecimento de texto utilizado por ele na edição. Que fique anotado: se você quiser aprender ou ter uma idéia de  como é ser um bom editor leia a "Apresentação" do livro do Rubens Borba redigida pelo Sr. Briquet. Aliás, gostaria de salientar que esse editor e atualizado leitor de blogs, além de ler meu post, comentou por email, que talvez eu estivesse um pouco equivocada quanto a relação do Rubens Borba com o José Mindlin, iniciando assim, uma (e essa) saudável discussão, leitura e comentários. Nunca nos vimos ou nos apresentaram, nem antes nem depois, e, que  vivam os blogs e os editores antenados e salutares como o Sr. Briquet Lemos.



                                                                                                        ©2011 shlomitor
Também comecei a leitura do "A arquitetura da Alteridade: a cidade Luso-Brasileira na Literatura de Viagem (1783-1845)" do Amilcar Torrão Filho, fruto de um longo e profundo doutorado. A pesquisa me interessa de perto e me atinge por dentro: há um historiador que, enfim, está levando em conta que diários, tratados, itinerários, são todos generos que pedem conhecimento das práticas letradas de retórica anteriores ao século XIX na Peninsula Ibérica, coisa que necessita de folego e parece que nosso historiador Amilcar o tem, ou arranjou, ou se empenhou nisso, pouco importa: o livro precisa de folego para ler, é um passeio profundo sobre a cidade luso brasileira na literatura de viagem, e em troca você necessariamente vai sair mais letrado e menos burro do itinerário que o professor da Puc- Sp, oferece. É pegar e não largar. O livro saiu pela coleção "Estudos Históricos" da Hucitec que insiste em espremer as letras e deixar as linhas sem espaço para economizar papel e nunca coloca óculos ou lente de aumento como brinde para leitura. Mas isso não é um problema só da editora Hucitec, a gente sabe.
Em tempo: também agradeço ao professor Amilcar por  enviar ao meu endereço o livro " De volta a Luz: fotografias nunca vistas do Imperador" , esgotadissímo, do finado Banco Santos que Deus o tenha e guarde em nossa terra publica toda coleção comprada por Edemar Cid Ferreira. Há aguns anos atrás vi toda a coleção e processo de restauração das matrizes de talha dos maiores mestres populares de xilogravura brasileira que era da  sua coleção particular e foi salvo pelo IEB-USP, depositário a partir de então, sic, prisão,  dessas pérolas. Um bom ladrão esse senhor Cid: obrigada pela sua coleção particular. Ainda haveremos de vê-la por aí, exposta e de graça, porque ela é nossa, sim senhor.



                                                            ©2011 shlomitor
 
 Fica aqui resgistrado também meu supergrata ao Fellipe Andrade Abreu e Lima que me enviou há séculos atrás ( e eu só recebi essa semana) um exemplar do seu esgostado "A Obra e o Tratato de Arquitetura de Giacomo Barozzi da Vignola" pela Edições Bagaço no Recife. Nesse meio tempo, Fellipe que é arquiteto e especialista em Tratados de arquitetura Renascentista já publicou mais dois livros importantissímos, a saber:
"A Tratadistíca do renascimento-1452, FAUUSP, 2009" e " Regra, Ordem, Invenção, FAUUSP, 2010" e para inveja dos simples mortais está em pleno inverno   na Universidade de Harvard, de sobretudo preto, e, sobretudo, sendo "research Assistent" para levantar a autoestima de todos nós, pesquisadores brasileiros.
Suas traduções comentadadas são de grande valia pois o moço, além de inteligente, arquiteto e urbanista é também  professor e tradutor de italiano. Foi assim que ele traduziu para o português o Tratado de Vignola que circulou feito rastilho de polvora no século XIX brasileiro e foi utilizado em larga escala nas obras eméritas da arquitetura no Brasil. Taí a tese de doutorado da Ana Villanueva, no prelo, sobre Campinas Clássica: Catedral Nossa Senhora de Campinas, para comprovar isso. Nem só de Ramos de Azevedo vive a arquitetura brasileira mas também de arquitetos pesquisadores notórios sobre arquitetura colonial e tratadistica como Fellipe de Andrade Abreu e Lima e Ana Villanueva, que como vocês sabem (ou não sabem) sou a fotógrafa oficial da documentação de seus projetos de restauração.



                                                                                                        ©2011 shlomitor
 
Por fim, um adendo: a magnifica brochurinha, bem aos moldes do caprichoso editor Claudio Giordano que é editor de pérolas e achados ao gosto de qualquer bibliófilo que se preza, coisa que não é meu caso, sou apenas uma leitora compulsiva e voraz. Pois, já lançado em 1998, esgotado e reeditado em 2004, a pérola de livrinho com capa vermelha e folhas amareladas é parte do diário de Pedro Nava referente à sua viagem em 1958 ao Egito, Jordânia e Israel. Com direito a desenhos, comentários e capa do caderno em Fac-simile e lançado pela Atelier Editorial, o diário dá conta de mais um brasileiro que bateu pernas na cidade velha de Jerusalem, como eu, com a diferença que se chamava Pedro Nava e é nosso maior memorialista. Transcrevo aqui um pequeno trecho da página 37 e 38 do "Viagem ao Egito, Jordãnia e Israel" para aguçar a sua vontade e ter noção da consideração crítica de Nava em 1958 de uma paisagem que não terminou, que não termina e me chama na alma:
"Uma mesma cidade, Jerusalém. Mas a Jerusalem na Jordânia e a Jerusalém de Israel diferem como se fossem dois mundos separados no tempo e espaço. A Jerusalém da Jordãnia é uma visão das Mil e Uma Noites, Mil e Uma Noites piolhenta, sórdida e colorida, mas sempre Mil e Uma Noites. Cheia de movimento de um formigueiro de comerciantes, crianças, soldados, burros de carga e de mulheres e homens de véus e kafias policrômicos. É difícil dar a medida de seu encanto e de sua simpatia, de sua profunda humanidade e sua incomparável doçura. É viva como os seus doces de todas as cores, saborosa como o rabatloukoum dos tabuleiros de cada esquina. Cheira a estrume, incenso, amendoim e carne de carneiro. A Jerusalém de Israel é uma cidade do nosso tempo- limpa, normal, americanizada e cheia de força banal do progresso e da criação" (Pedro Nava In "Viagem ao Egito, Jordânia e Israel")