Sobre fotos, enfim. Como a maioria dos menos imortais, sou espectadora fiel do Bresson, do Brasai, queria sim uma Laica como a minoria dos mortais e tremo quando vejo uma lente fixa de 50 mm. Mas, do mesmo modo que tenho a certeza de que a realidade nao tem zoom, tenho serios problemas com PB. Acordo todo dia, abro a janela, saio na rua, olho, miro, vejo, observo: a vida eh colorida.
Um comentário:
Como sul-americanos, é impossível não termos sensibilidade à cor, acho que isso é uma das coisas que mais nos separam dos europeus racionais e tão sábios... Tato mechamou a tenção para isso uma vz, e fiquei olhando a pobreza pictórica daquelas cidades tão bonitas e cinzentas. Mas na fotografia, confesso que a cor ainda não me seduziu ou convenceu. Acho que o PB é uma síntese do mundo tangível, ele não pretende recuperar a realidade mas refazê-la no essencial, no sintético. A cor é um soneto, o PB é um hai kai.
Postar um comentário