sábado, 23 de maio de 2009

O Amor nos tempos do Colera


 por aqui. Israel treme de medo e de raiva e isso eh muito previsivel. Mas que ideia a do Obama, essa, de colocar uma bandeira da Onu na Cidade Velha, a gente ja tem que  desviar de bandeira toda hora, a cidade eh uma bandeira previsivel. E forte. A forca da cidade nao vem dos efeitos. Vem da causa mesmo. Nao vem das bandeiras, vem das entranhas. Nunca vi tanto afeto e resistencia, tanta briga e amor. Nada pode destruir a saga dos habitantes, todos, que passam por aqui, turistas, imigrantes, arabes, judeus, cristaos. E todo mundo luta e todo mundo nao cansa de lutar. A ordem de todos os dias, essa, que vem das entranhas e pulsa, nao importa do que voce se arma, eh, nao desistir nunca. De nada. Nao importa. Seja de Jerusalem, seja da Palestina, seja de tentar vender uma mercadoria, seja de um encontro, nada eh impossivel, nao ha a hipotese de largar mao, tudo pode parecer fechado, mas a regra estah nas rosas enxertadas, brancas com pintas vermelhas, abra-se assim. Do contrario tudo parecera deserto. Mas nao eh. Temo apenas por aqueles que ainda nao conhecem o amor. Dormi ontem de luz acesa pensando no Roberto Ventura que correu atras da etmlogia da palavra Sertao. Dormi, pensando que devo dizer que a palavra Sertao eh uma corruptela de Desertao. Aqui, todos nos nos olhamos com olhos de profeta e sorrimos um para o outro. Nem sombra do raquitismo do litoral. Cabelos negros ao sol, mechas se misturam com grossas vozes e ambas riem ao largo. O palestino eh antes de tudo, um forte.

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